Esta noite... Esta noite somos nada...
Aquilo em baixo é uma alameda apenas...
Descem dos céus as emoções serenas
E as horas marcham lentas pela estrada...
Se alguém nos visse, nossas longas penas...
Se alguém cantasse o em vão da madrugada
Mas ninguém ronda na aléia afastada
Nem ninguém roça nas roseiras plenas...
Sós para sempre, silenciosos, brandos,
Nada mais vive que nos encontrasse,
Ninguém transpõe as ervas do jardim...
E nem as vêem os vendavais nefandos,
E a névoa cai, como se desmaiasse,
Sobre as mobílias, sobre o nosso fim...
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